Gira mundo ciranda do tempo,
E faz-se contos dos dias de inverno.
Chispas ao Ar além alvorada,
Brilha e rebrilha teu ventre materno.
Brota esperança e se espalha ao chão,
Mostra poder grão sobre grão.
Surge o Rei da Luz nascido de sua amada,
O mundo é o teu berço, a floresta tua morada.
Fogo da inocência, raio protetor,
Desde o início das Eras teu calor afaga a Terra,
Desde o princípio do todo o teu encanto nos guia,
Assim contava meu povo:
Após varias luas na escuridão
Conseqüência de um sacrifício.
Esforço que nunca é vão,
Pro que ama se torna um ofício
Sacro Dom do coração.
Noite escura e lua clara,
Nove madeiras no meio da estrada.
Em cada olhar se vê alegria,
Honrando o Amor como em cada dia
Seguindo sempre a sua jornada.
Puro era o cheiro que vinha do Ar
Carvalho contente vem nos brindar.
Promessa antiga tornou-se a cumprir,
Do solo fecundo fez-se surgir.
Uma centelha para cada lar
Brotou como semente vinda do chão.
Trouxe consigo o calor da união,
Que em pleno Inverno foi seu despertar.
Esperança em forma de Fogo,
Dançando no meio da gente.
Abençoando-nos como um todo,
Frutífera e sábia semente,
O Universo em uma criança.
Clareando nossas almas
Sustentando toda vida,
Calma dos ventos e brisas,
Estrela do longe oriente,
Presença dos céus cintilantes
Nos trás neste astral.
E mesmo em tempos distantes
Teu reluzir imortal,
Fazem-se intensos além vales,
Campos, montanhas e mares...
Tua graça nos faz enxergar.
E o ciclo se expandia preenchendo com encanto
Transmitindo toda harmonia,
Transmutando o que em tempos foi pranto
Apenas num único instante.
Envolvidos éramos frisson
Imersos em fantasia.
A realidade de nossos sonhos,
Á nós era o que valia,
Tanto, pois esse era o Dom.
Assim veio a Alvorada e seu poder flamejante,
Marcando no tempo e espaço,
Uma energia deslumbrante
Que se estendeu além Arrebol.
Fazendo das antigas sombras,
Reflexos da Mãe e amada
Que por muitos será celebrada
Junto a teu filho Deus-Sol,
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