sábado, 17 de novembro de 2012

Curso Gnosis na Universidade Tiradentes- Aracaju-SE



CURSO DE AUTO-CONHECIMENTO (GNOSIS) 

ENTRADA FRANCA



Início: 21 e 22 de Novembro 18:00h
Local: Auditório da UNIT – Campus Farolândia

Informações: aju@ageacac.org.br


•Auto-conhecimento 
•O Desenvolvimento da Genialidade Humana 
• O Universo Interior e o Mundo dos Sonhos 
•Meditação como Fonte de Harmonia e Conhecimento 
•Alquimia: A Ciência Hermética da Transformação das Energias
•A Revolução da Consciência 



Local: Auditório da UNIT – Universidade Tiradentes 
Endereço: Av. Murilo Dantas, 300, Farolândia, Aracaju 
Contato: (79) 9837-4101 Vivo / (79) 9113-2050 Tim / (79) 8802-0596 Oi 
Hot-site: www.cursodegnosis.net 
E-mail: aju@ageacac.org.br 



sexta-feira, 21 de setembro de 2012

Ostara - A Primavera do Senhor da Luz



O Sabbat do Equinócio da Primavera, também conhecido como Sabbat do Equinócio Vernal, Festival das árvores, Alban Eilir, Ostara e Rito de Eostre, é o rito de fertilidade que celebra o nascimento da Primavera e o redespertar da vida na Terra. Nesse dia sagrado, os Bruxos acendem fogueiras novas ao nascer do sol, se rejubilam, tocam sinos e decoram ovos cozidos - um antigo costume pagão associado à Deusa da Fertilidade.

Os ovos, que obviamente são símbolos da fertilidade e da reprodução, eram usados nos antigos ritos da fertilidade. Pintados com vários símbolos mágicos, eram lançados ao fogo ou enterrados como oferendas à Deusa. Em certas partes do mundo pintavam-se os ovos do Equinócio da Primavera de amarelo ou dourado (cores solares sagradas), utilizando-os em rituais para honrar o Deus Sol.

Os aspectos da Deusa invocados nesse Sabbat são Eostre (a deusa saxônica da fertilidade) e Ostara (a deusa alemã da fertilidade). Em algumas tradições wiccanas, as deidades da fertilidade adoradas nesse dia são a Deusa das Plantas e o Senhor das Matas.

Como a maioria dos antigos festivais pagãos, o Equinócio da Primavera foi cristianizado pela Igreja na Páscoa, que celebra a ressurreição de Jesus Cristo. A Páscoa (em inglês "Easter", nome derivado da deidade saxônica da fertilidade, Eostre) só recebeu oficialmente esse nome da Deusa após o fim da Idade Média.

Até hoje, o Domingo de Páscoa é determinado pelo antigo sistema do calendário lunar, que estabelece o dia santo no primeiro domingo após a primeira lua cheia, no ou após o Equinócio da Primavera. (Formalmente isso marca a fase da "gravidez" da Deusa Tríplice, atravessando a estação fértil.) A Páscoa, como quase todas as festividades religiosas cristãs, é enriquecida com inúmeras características, costumes e tradições pagãos, como os ovos de Páscoa e o coelho. Os ovos, como mencionado, eram símbolos antigos de fertilidade oferecidos à deusa dos Pagãos. A lebre era um símbolo de renascimento e ressurreição, sendo animal sagrado para várias deusas lunares, tanto na cultura oriental como na ocidental, incluindo a deusa Ostara, cujo animal era o coelho.

Os alimentos pagãos tradicionais do Sabbat do Equinócio da Primavera são os ovos cozidos, os bolos de mel, as primeiras frutas da estação em ponche de leite. Na Suécia, os "waffles" eram o prato tradicional da época.

Incensos: violeta africana, jasmim, rosa sálvia e morango.
Cores das velas: dourada, verde, amarela.
Pedras preciosas sagradas: ametista, água-marinha, hematita, jaspe vermelho.
Ervas ritualísticas tradicionais: bolota, quelidônia, cinco-folhas, crocus, narciso, corniso, lírio-da-páscoa, madressilva, íris, jasmim, rosa, morango, atanásia e violetas.

sexta-feira, 7 de setembro de 2012

Lua Azul - Orla de Atalaia



Honrar a Divindade e suas faces é algo que revigora e nos faz pensar o quanto nosso caminho ainda é muito longo mesmo que achemos que já o trilhamos a muito tempo. Cada Lunação é uma reflexão individual e muito prazerosa, principalmente se feita com toda a reverência que a sua Divindade merece. Agradeço todos os dias por poder trilhar esta senda e compartilhar com aqueles que se dispõe a caminhar ao nosso lado e fazer de momentos que nos dias de hoje são praticamente esquecidos ou não valorizados, momentos de extrema pureza e Amor pelo Bem Comum.

Nos concentramos nesta Noite de Lua Azul e vibramos positivamente por todos aqueles que realmente se importam com o Sagrado, por aqueles que renegam suas raízes e até mesmo por aqueles que não compreendem os mistérios de si próprio e não enxergam um palmo de beleza no esplendor que é o Mundo. Sempre agradecemos pelas oportunidades do caminho e pelas dificuldades, que mesmo com todas estamos firmes para buscarmos a inspiração para inspirar.

As Músicas, os Cânticos, danças e tudo de bom foi o que rolou nesta praia muito "Crazy".
Sem presunções, apenas uma citação....Como dizia um Amigo Iluminado do nosso querido Xamã Filippo Garrone: " A energia do bem em uma pessoa muito pura e evoluída se propaga num raio de 5km, como seria bom se houvesse no pelo menos 7 irmãos numa única cidade."

Pois eu digo..Como seria ótimo se pelo menos houvesse 3 em Sergipe!
Eis minha citação favorita: "O que importa não é a Quantidade e sim a Qualidade!"

Pax, Lux et Nox!

D'anjelo Terah

Imbolc Tuáthico - Um dia de Indiana Jones


Também conhecido como Imbolc, Oimelc e Dia da Senhora, Candlemas é o Festival do Fogo que celebra a chegada da Primavera. O aspecto invocado da Deusa nesse Sabbat é o de Brígida, a deusa celta do fogo, da sabedoria, da poesia e das fontes sagradas. Ela também é deidade associada à profecia, à divinação e à cura.

Esse Sabbat representa também os novos começos e o crescimento individual, sendo o "afastamento do antigo" simbolizado pela varredura do círculo com uma vassoura, ou vassoura da bruxa, tradicionalmente realizado pela Alta Sacerdotisa do Coven, que usa uma brilhante coroa de 13 velas no topo de sua cabeça.

Na Europa, o Sabbat Candlemas era celebrado nos tempos antigos com uma procissão à luz de archotes para purificar e fertilizar os campos antes da estação do plantio das sementes e para glorificar as várias deidades e os espíritos associados a esse aspecto, agradecendo-lhes.

Um dia de muita paz na companhia daqueles que trilham o caminho conosco..um presente da Divindade em nossos corações é o compartilhar de Amor e Respeito em cada Giro da Roda.




A Todos que estiveram conosco e aos que se agregarão!
Pax Lux et Nox!

terça-feira, 7 de agosto de 2012

Tuatha Xamã: Palestra Xamânica no Espaço Surya Yoga

Palestra com o Xamã Universal Filippo Garrone e Cerimônia de Celebração ao Elemento Ar.
Uma Noite de confraternização, descobertas, autoconhecimento e muito aprendizado, com pessoas maravilhosas, embora cada um em seu caminho, porém o objetivo em Reverenciar e compreender os Mistérios da Divindade se mantém intacto e firme, comum a cada coração!


A todos que participaram minha eterna gratidão!

Ahô!!!

terça-feira, 26 de junho de 2012

Yule - Um Salve à Criança da Promessa!!!!


Primeiro dia do inverno (Solstício do Inverno).
Em 2012, no Hemisfério Sul, ocorreu no dia 20/Jun às 20:08 (Horário de Brasília).


Também conhecido como Natal, Ritual de Inverno, Meio do Inverno, Yule e Alban Arthan, o Sabbat do Solstício do Inverno é a noite mais longa do ano, marcando a época em que os dias começam a crescer, e as horas de escuridão a diminuir. é o festival do renascimento do sol e o tempo de glorificar o Deus. (O aspecto do Deus invocado nesse Sabbat por certas tradições wiccanas é Frey, o deus escandinavo da fertilidade, deidade associada à paz e à prosperidade.) São também celebrados o amor, a união da família e as realizações do ano que passou.

Nesse Sabbat os Bruxos dão adeus à Grande Mãe e bendizem o Deus renascido que governa a "metade escura do ano". Nos tempos antigos, o Solstício do Inverno correspondia à Saturnália romana (17 a 24 de dezembro), a ritos de fertilidade pagãos e a vários ritos de adoração ao sol.

E foi neste clima que nós da Tuatha Lunar nos reunimos no Parque da Cidade de Aracaju para realizarmos esta cerimônia que é muito significativa para a nossa Arte. Todos em plena comunhão fizemos um lindo cerimonial, onde tivemos a honra de estar pisando em um solo fortemente abençoado e de energias muito antigas. 
Agradecemos mais uma vez aos que puderam aparecer e reforçamos o convite aos que ficaremos muito felizes em receber aqueles que compartilham da mesma Ligação com o Divino e respeita a nossa Antiga Arte!

Pax Lux et Nox


Xamanismo na Tuatha Lunar

Uma Noite magnífica na companhia destes seres iluminados e com a certeza de um regresso á este lugar tão forte, numa cerimônia tão importante, agradecemos aos Deuses por todas as oportunidades em nosso caminho e pelos companheiros de senda que nós amamos tanto!
Eterna gratidão a Mamãe Jurema pelos ensinamentos que ficarão gravados na mente assim como tatuagem sobre a pele.

AHÔ!!!!!!!!!!



quinta-feira, 24 de maio de 2012

Os Glifos e suas Influências




Olá pessoal, trago para vocês algo que está sempre em nosso caminho quando consultamos as “Tabelas Planetárias” e vemos os nomes dos planetas (Sol, Lua, Mercúrio, Vênus, Marte, Júpiter, Saturno, Urano, Netuno e Plutão) e seus símbolos que regem determinados dias e horas da semana, mas nem sempre sabemos ao certo o porquê de suas influências e de seus significados. Estou falando dos Glifos. Símbolos que dão características específicas a determinados grupos simbólicos e são a mais abstrata parte de uma manifestação de uma unidade, onde aparentemente são apenas símbolos, mas que nos seus detalhes têm muito a revelar.

Como analisamos nos textos anteriores, podemos perceber que os símbolos são uma forma compacta de guardar informações e sentimentos, uma imagem que vale bem mais que mil palavras, e partindo deste ponto, encontramos um rico significado em cada Glifo planetário. E uma particularidade que há entre a maioria deles é a sua formação básica através de três elementos, que dão ênfase a maioria dos significados que já ouvimos ao longo de nosso caminho Magicko*: aMatéria, a Plenitude e a Receptividade.

A Matéria: A Cruz da matéria que simboliza a concretização. O Moinho que transforma e aprimora. Afasta aquilo que não serve mais para dar lugar ao novo.


A Plenitude: Representada pelo círculo infindo, o próprio tempo. A essência da perfeição, pois não há mais arestas para serem aparadas, dando a mesma visão esférica por todos os ângulos.

A Receptividade: Representada pelo semicírculo. A parte de algo muito mais importante que de tão grande não enxergamos. Um canal que nos liga com o Divino ou qualquer força mentalizada.

Sendo assim, cada Glifo que representa graficamente um planeta é a junção de seus significados com base nesses elementos. As influências destes planetas se dão através de seus movimentos constantes pela abóboda celeste. Cada um é responsável por um horário e este nos influencia diretamente em nossas ações, daí a preocupação que devemos ter ao realizarmos nossas atividades certificando-nos que elas estão sendo realizadas em horários regidos por planetas que favorecem nossos feitos e não o contrário.

Estes três elementos não somente se encontram nos Glifos, mas também estão em todas as coisas à nossa volta. Analisaremos esta semana estes elementos em nossas vidas e tomaremos consciência de suas influências nas atividades que realizarmos. Saber enxergar as oportunidades através do simbolismo e aproveitá-las é estar sempre um passo a frente na conquista de nossos objetivos.



Lembrando que a maioria dos Glifos são formados por três símbolos básicos (a Cruz, o Círculo e o Semicírculo) e seus elementos: a Matéria, a Plenitude e a Receptividade temos:

O Sol: O Universo dentro de outro Universo, que irradia Luz e nos remete ao nosso Deus Interior. Dois círculos que representa o nosso Ego perfeito e equilibrado. Algo pleno inserido em outra plenitude, a nossa pura identidade que possui vários universos internos e infinitos em luz.

A Lua: A Lua representa a mais alta receptividade vinda por dois semicírculos, um que está visível e outro que não se mostra. Ela necessita de algo a mais parecendo sempre estar incompleta, indica as nossas respostas emocionais ao mundo e como precisamos deste retorno para nos sentir bem.

Mercúrio: Os três símbolos se encontram neste Glifo nos mostrando que ele é a perfeição na área de se comunicar. O semicírculo capta as mensagens do Divino e condensa, processando e selecionando através do círculo e somente após todos esses processos de avaliação que é dissipada pelo moinho da matéria. Não é por nada que mercúrio é o mensageiro dos Deuses.

Vênus: A concretização do Divino na Terra. A afirmação da plenitude e busca da perfeição através de nossos esforços. Vênus é o significado de valor em definir o que nos aproxima deste Divino. Para a mulher é a expressão do feminino e para o Homem é o ideal no sexo oposto e todas as qualidades que podemos apresentar.

Marte: Marte e muito parecido com Vênus. Ele coloca a cruz da matéria acima do espírito, dando razão aos atos impulsivos e ao pensamento lógico que em certas ocasiões e que resolvem as coisas. É o nosso agir para conquistar e sempre que a ação supera o pensamento.

Júpiter: Enquanto outros planetas influenciam na vida pessoal Júpiter influencia na vida social. Formado por um semicírculo acima da matéria, nos mostra que é preciso primeiro conhecer para depois concretizar. É a foice leve que nos faz colher dos frutos mais altos.

Saturno: A matéria sobre o semicírculo, o contrário de Júpiter. É a foice pesada que nos fortalece e faz a recompensa ser válida. Indica nossos talentos ocultos e importantes que temos que desenvolver sozinhos. Antigamente Saturno era a Morte, porém hoje é tudo que não nos mata, mas nos fortalece.

Urano: A Cruz da matéria fica entre dois semicírculos e logo abaixo a esfera da plenitude nos ensinando que a perfeição vem através do aprendizado de nossos pares e que pela comunicação e o trabalho em conjunto todo o processo se antecipa.

Netuno: O tridente de Netuno. Setas aos ares, um semicírculo em suas bases e a cruz da matéria como cabo. É o nosso desejo desesperado de alcançar o Divino, porém ele nos alerta com relação à alienação e a loucura deixando bem claro a nossa humanidade. São nossos desejos de grandeza e a nossa frustração com os limites da realidade.

Plutão: Glifo das crises e conflitos inesperados e dos assuntos difíceis de falar. Nele estaremos mais próximo do Divino (já tendemos a olhar para ele nos momentos de crises) e sua influência nos molda de forma irreversível. A mensagem já vem elaborada e contra ela nada podemos fazer pois estamos sobre um plano maior.

Espero que tenham gostado e que possamos ter uma compreensão maior quanto aos planetas e suas influências para que nossos feitos sejam sempre em Luz e graça.

Que assim seja e Assim se faça!

A todos,
Pax, Lux et Nox.

quinta-feira, 10 de maio de 2012

Desvendando a Mulher Deusa

Olá pessoal, escrevi este texto pensando no real valor que a mulher possui como ser divino e que não o recebe como deveria. Pensei também não somente no valor empregado pelas pessoas, mas no valor através da auto-análise, que de certa se torna o mais importante.
Auto-análise, valor, Por quê?
Partindo do quesito "Imanência", onde a Divindade habita em todos os seres, darei ênfase neste texto, na conexão Dela para com as mulheres (e vice-versa) através de suas quatro faces, que por natureza são um reflexo vivo de um Ser tão Sagrado que revela suas faces desde o inicio dos tempos. A Mulher precisa se valorizar, assim como ser valorizada, não somente pelo que faz, mas por ser o que é: MULHER!
Existem várias formas de criar uma conexão com as quatro faces da Deusa e cada uma delas desperta a mulher para compreender toda a sua sensibilidade e ressonância de sua Divindade interior. Assim como quatro são as faces da Deusa, quatro são os cantos do mundo, que somados, fazem com a mulher se torne a Roda Universal, que gira sem parar dando leveza e sabedoria, além de emanar forças para todas aquelas que mergulharem em seus mistérios. Abençoadas são as mulheres pelos dons da maternidade com seus úteros, da criação de realidades, sonhos e sentimentos que são expressos principalmente pela Roda do Ano, onde fica claro toda especialidade neste Ser que é análogo a Grande Mãe dos Homens.
Enraizada através de seus pés a Mulher e a Deusa são a própria Terra e em seu respirar, o Ar, seu eterno amante e confidente, enchendo seus pulmões e envolvendo todo o seu corpo num êxtase de prazer e sensibilidade. A Mulher nas passagens da vida pode ser a menina que é pura, virtuosa e bela como uma flor, que corre pelas matas e deixa-se levar pelo brilho do sol. Pode ser a Jovem caçadora que seduz e encanta; Que sente a felicidade e o prazer em cada parte pulsante de seu corpo desnudo a correr pela relva. Pode ser Mãe madura, sedutora a seu modo e responsável em todas as suas ações. A Mulher Plena, que conhece todos os mistérios, senhora de si e do mundo a sua volta; Maturidade, equilíbrio e intuição são as suas vivências. A que não somente é Mãe de outro ser, mas que pode ser sim Mãe de projetos e ideias. Ela se torna também a Sábia Anciã que conhece todos os mistérios da vida, da morte e do renascimento; A noite sem lua e a escuridão sem limites; As quatro faces da Deusa que a completam e contemplam toda sua existência.
Temos as meninas de inocência que vão à escola aprender e com doçura enxerga a vida com novos olhos; Temos também a Adulta, mulher trabalhadora, que acorda cedo, deixa seus filhos na creche e sai pro escritório ou para ser diarista num condomínio distante e também temos a Senhora que já viveu bastante para aproveitar dos frutos de seu trabalho ou aquelas que vivem nos interiores em suas lavouras cuidando da terra para alcançar seu sustento. Ela ao centro sendo a essência de toda as essências naturais, pois todas as mulheres são Deusas refletida pela luz do Sol e emanando as bençãos Lunares que também fazem parte Dela. A Mulher é a filha, mas também é a Mãe; É a Jovem, porém também é a Anciã. Um elo inquebrantável com a Terra, onde cada uma tem seu ritmo e nesta ciranda da vida todos os Elementos se oferecem nesta contradança. Respeitar as mulheres é mais que um ato de cordialidade e cidadania, mas um reconhecimento do Sagrado feminino, de sua contraparte e uma honraria ao Divino, em suas múltiplas formas, que habita todas as coisas.


A Todos,
Bons ventos!

Pax, Lux et Nox.

sábado, 21 de abril de 2012

Baphomet: A Origem e algo mais!


Me fizeram uma pergunta hoje e fiz questão de ira a fundo no assunto. Busquei em umas fontes belíssimas e eis o resultado. Todos os créditos estão no final do texto!



Baphomet é uma figura enigmática com cabeça de cabra que é encontrada em várias lugares na história do ocultismo. Dos Cavaleiros Templários da Idade Média e os maçons do século 19 às correntes modernas do ocultismo, Baphomet nunca deixa de criar polêmica. Mas qual é a origem de Baphomet, e mais importante, qual é o verdadeiro significado desta figura simbólica? Este artigo analisa as origens do Baphomet, o significado esotérico de Baphomet e sua ocorrência na cultura popular.

Ao longo da história do ocultismo ocidental, o nome do misterioso Baphomet é muitas vezes invocado. Embora ele tenha se tornado um nome comum no século XX, menções de Baphomet podem ser encontradas em documentos que datam desde o século 11. Hoje, o símbolo está associado com qualquer coisa relativa ao ocultismo, rituais de magia, bruxaria, satanismo e esoterismo. Baphomet aparece muitas vezes na cultura popular para identificar qualquer coisa relacionada com ocultismo.

A representação mais famosa do Baphomet é encontrada em Eliphas Levi "Dogme et Rituel de la Haute Magie", um livro de 1897 que se tornou uma referência padrão para o ocultismo moderno. O que esta criatura representa? Qual é o significado dos símbolos ao seu redor? Por que ela é tão importante no ocultismo? Para responder algumas dessas questões, devemos primeiro olhar para suas origens. Vamos primeiro olhar para a história do Baphomet e vários exemplos de referências a Baphomet na cultura popular.

Origens do nome

Há diversas teorias sobre as origens do nome de Baphomet. A explicação mais comum afirma que este nome é uma corrupção do nome de Mohammed em francês antigo do (que foi "latinizado" para "Mahomet") - o Profeta do Islã. Durante as Cruzadas, os cavaleiros templários permaneceram por durante longos períodos de tempo em países do Médio Oriente, onde se familiarizaram com os ensinamentos de misticismo árabe. Este contato com civilizações orientais lhes permitiu trazer de volta para a Europa a base do que se tornaria o ocultismo ocidental, incluindo o gnosticismo, a alquimia, a cabala e o hermetismo. A afinidade dos cavaleiros Templários com os muçulmanos levou a Igreja a acusá-los de adoração de um ídolo chamado Baphomet, por isso há algumas ligações plausíveis entre Baphomet e Maomé. No entanto, existem outras teorias sobre as origens do nome.

Eliphas Levi, o ocultista francês que desenhou o famoso retrato de Baphomet argumentou que o nome havia sido derivado de uma codificação cabalística:

Citar:"O nome do Baphomet dos Templários, que deve ser soletrado cabalisticamente para trás, é composto de três abreviações: Tem. ohp. AB., Templi omnium hominum pacts abbas, "o pai do templo da paz de todos os homens". [1]

Arkon Daraul, um autor e professor da tradição Sufi e de magia, argumentou que Baphomet veio da palavra árabe Abu fihama (t), que significa "O Pai do Entendimento". [2]



Dr. Hugh Schonfield, cujo trabalho sobre os Manuscritos do Mar Morto é bem conhecido, desenvolveu uma das teorias mais interessantes. Schonfield, que havia estudado uma sistema de criptografia judeu chamado Atbash, que foi usado na tradução de alguns dos Manuscritos do Mar Morto, afirmou que quando se aplicou a cifra para a palavra Baphomet, foi transposta para a palavra grega "Sophia", que significa "conhecimento" e também é sinônimo de "deusa".

Possíveis origens da Figura

A representação moderna de Baphomet parece ter suas raízes em várias fontes antigas, mas principalmente em deuses pagãos. Baphomet tem semelhanças com os deuses por todo o globo, incluindo do Egito, do norte da Europa e da Índia. Na verdade, as mitologias de um grande número de civilizações antigas incluem algum tipo de divindade com chifres. Na teoria junguiana (de Carl Jung), Baphomet é uma continuação do arquétipo deus-com-chifres, pois o conceito de uma divindade com chifres é universalmente presente na psique individual. Cernunnos, Pan, Hathor, o Diabo (como descrito pelo cristianismo) e Baphomet têm uma origem comum? Alguns de seus atributos são muito semelhantes.




[Imagem: cernunos.jpg]

O antigo deus celta Cernunnos é tradicionalmente representado com chifres chifre na cabeça, sentado na "posição de lótus", semelhante à representação do Baphomet de Levi. Embora a história de Cernunnos está envolta em mistério, ele é geralmente considerado o deus da fertilidade e da natureza.

                                                       [Imagem: Herne.jpg]
Na Grã-Bretanha, Cerennunos foi nomeado Herne. O deus chifrudo tem as características deSátiro de Baphomet, juntamente com sua ênfase no falo.


                                       [Imagem: Pan1-e1307662300777.jpg]
Pan era uma divindade de destaque na Grécia. O deus da natureza era muitas vezes representado com chifres na cabeça e a parte inferior do corpo de um bode. Não diferentemente de Cerenunnos, Pan é uma divindade fálica. Suas características animalescas são a personificação dos impulsos carnais e de procriação dos homens.

                                              [Imagem: 448px-Silvester_II._and_the_Devil_Cod._P...922770.jpg]
Papa Silvestre II e o Diabo (1460). No cristianismo, o diabo tem características semelhantes às dos deuses pagãos descritos acima pois eles são a principal inspiração para essas representações. Os atributos incorporados por esses deuses se tornou a representação do que é considerado o mal pela Igreja.


                                                    [Imagem: ts.jpg]
O carta do Diabo do Tarot de Marselha (século 15). Esta carta mostra o diabo, com suas asas, chifres, seios e sinal da mão é sem dúvida uma grande influência na representação do Baphomet de Levi (detalhes mais adiante).

                                      [Imagem: robin-goodfellow-e1307725065421.jpg]
Robin Good-Fellow (ou Puck) é um elfo mitológico que seria a personificação do espírito da terra. Tendo vários atributos de Baphomet e outras divindades, ele é mostrado aqui na capa de um livro de 1629 rodeada por bruxas.

                 [Imagem: great_he-goat-e1307730966553.jpg]
Pintura de Goya de 1821 El Aquelarre, ou El Gran Cabrón (O grande Bode) ou "Witches Sabbath". A pintura retrata um grupo de bruxas reunidas em torno Satanás, retratado como uma figura meio-homem, metade bode. 

                                                       [Imagem: notredame.jpg]
Uma figura semelhante a Baphomet na Catedral de Notre-Dame-de-Paris, que foi originalmente construída pelos Cavaleiros Templários.


Baphomet de Eliphas Levi

                                           [Imagem: Baphomet.png]
Esta representação de Baphomet de Eliphas Levi em seu livro Dogmes et Rituels de la Haute Magie (Dogmas e Rituais da Alta Magia) tornou-se a "oficial" representação visual de Baphomet.

Em 1861, o ocultista francês Eliphas Levi incluíu em seu livro Dogmes et Rituels de la Haute Magie (dogmas e rituais de Alta Magia) um desenho que se tornaria a mais famosa representação do Baphomet: um bode humanóide alado com um par de seios e uma tocha em sua cabeça entre os seus chifres. A figura apresenta semelhanças numerosas com as divindades descritas acima. Ele também inclui vários outros símbolos relacionados com os conceitos esotéricos encarnado por Baphomet. No prefácio de seu livro, Levi diz:

Citar:"A cabra na capa carrega o sinal do pentagrama na testa, com um ponto no topo, um símbolo de luz, e suas duas mãos formam o sinal do hermetismo, uma que aponta para a lua branca de Chesed, e a outra apontando para baixo para a lua negra de Geburah. Este signo expressa a perfeita harmonia da misericórdia com a justiça. Um de seus braços é de uma fêmea, e o outro de um macho como os do andrógino de Khunrath, os atributos dos quais tivemos que unir com os do nosso bode porque ele é um e o mesmo símbolo. A chama da inteligência que brilha entre seus chifres é a luz mágica do equilíbrio universal, a imagem da alma elevada acima da matéria, como a chama, que ainda que esteja amarrada à matéria, ela brilha acima dela. A cabeça do animal repulsivo exprime o horror do pecador, cuja atuação material, é a única parte responsável que tem de suportar o castigo exclusivamente, porque a alma é insensível de acordo com sua natureza e só pode sofrer quando se materializa. A vara de pé em vez dos genitais simboliza a vida eterna, o corpo coberto de escamas a água, o semi-círculo acima dele significa a atmosfera e as penas logo em seguida acima o volátil. A humanidade é representada pelos dois seios e os braços andrógino desta esfinge das ciências ocultas." [3]

Na representação de Levi, Baphomet representa a culminação do processo alquímico - a união de forças opostas para criar Luz Astral - a base da magia e, por fim, a iluminação.

Um olhar mais atento sobre os detalhes da imagem revela que cada símbolo é, inevitavelmente, equilibrada com o seu oposto. Baphomet em si mesmo é um personagem andrógino possuindo as características de ambos os sexos: seios femininos e uma haste que representa o falo ereto. O conceito de androgeniety é de grande importância na filosofia oculta, pois representa o mais alto nível de iniciação na busca de se tornar "um com Deus".

O falo (pênis) de Baphomet é, na verdade o Caduceus de Hermes - uma haste com duas serpentes entrelaçadas. Este antigo símbolo é tem representado hermetismo durante séculos. O Caduceus esotericamente representa a ativação dos chakras, a partir da base da coluna vertebral para a glândula pineal, usando o poder serpentino (daí, as serpentes) ou Luz Astral.

                                       [Imagem: Chakras-e1308082206861.jpg]
O Caduceus como símbolo de ativação chakra.

Citar:A Ciência é real somente para aqueles que admitem e entendem a filosofia e a religião, e seu processo só será bem sucedido para o Adepto que atingir a soberania da vontade, e assim se tornar o Rei do mundo elementar: para o grande agente da operação do Sol, é aquela força descrita no símbolo de Hermes, da mesa de esmeralda, é o poder mágico universal; o espiritual, ardente, força motriz, é o Od, de acordo com os hebreus, e a luz astral, de acordo com outros.

Aí está o fogo secreto, vivo e filosofal, da qual todos os filósofos herméticos falam com a reserva mais misteriosa: a Semente Universal, do qual o segredo por eles eles mantida, e o qual eles representavam apenas sob a figura do Caduceu de Hermes. [4]

Baphomet é, portanto, o simbolo da Grande Trabalho da alquimia onde as forças separados e opostas são unidas em perfeito equilíbrio para gerar luz Astral. Este processo alquímico é representada na imagem de Levi pelos termos Solve e Coagula nos braços do Baphomet. Enquanto eles realizam resultados opostos, Solve (transformar sólido em líquido) e Coagula (transformar líquido em sólido) são duas etapas necessárias do processo alquímico - que visa transformar pedras em ouro ou, em termos esotéricos, um homem profano em um homem iluminado . As duas etapas estão no braços apontando em direções opostas, enfatizando sua natureza oposta.

As mãos de Baphomet formam o "sinal de hermetismo" - que é uma representação visual do axioma hermético "O que está em cima é como o que está embaixo". Este ditado resume todos os ensinamentos e os objectivos do hermetismo, onde o microcosmo (homem) é como o macrocosmo (o universo). Portanto, a compreensão de um é igual a compreensão do outro. Esta Lei de Correspondência origina as Tábuas de Esmeralda de Hermes Trismegisto, onde foi declarado:
Citar:"O que está em cima é como o que está embaixo. E o que está embaixo é como o que está em cima, para realizar os milagres de uma só coisa". [5]

O domínio dessa força de vida, a Vida Astral, é o que é chamado pelos ocultistas modernos de "magia".

                                                         [Imagem: RWS_Tarot_01_Magician-e1308084231965.jpg]
O cartão do Mágico do tarot exibindo o axioma hermético "O que está em cima é como o que está embaixo"

Citar:"A prática da magia - branco ou preto - depende da capacidade do adepto para controlar a força da vida universal - o que Eliphas Levi chama de "o grande agente mágico", ou a luz astral. Pela manipulação desta essência fluídica os fenômenos do transcendentalismo são produzidos. O famoso bode hermafrodita de Mendes era uma criatura composta formulada para simbolizar a luz astral. Ele é idêntico com o Baphomet, o deus místicodaqueles discípulos de magia cerimonial, os Templários, que provavelmente obtiveram dos árabes." [6]

Cada uma das mãos de Baphomet aponta de para luas opostas, que Levi chama de Chesed e Geburah - dois conceitos opostos tomadas da Cabala Judaica. Na Árvore cabalística da Vida, o Sefirot, Chesed está associada a "bondade dada aos outros", enquanto Geburah refere-se à contenção "da própria vontade de conceder bondade aos outros, quando o destinatário do bem é considerado indigno e susceptível de abusar dele". Estes dois conceitos são opostos e, como tudo na vida, um equilíbrio deve ser encontrado entre os dois.

A característica mais reconhecível de Baphomet é, naturalmente, a sua cabeça de bode. Esta cabeça monstruosa representa a natureza animal e pecaminosa do homem, suas tendências egoístas e seus instintos mais básicos. Oposto à natureza espiritual do homem (simbolizada pela "luz divina" em sua cabeça), este lado animal é independentemente visto como uma parte necessária da natureza dualista do homem, onde o animal e o espiritual devem se unir em harmonia. Também pode-se argumentar que a aparência grotesca geral do Baphomet poderia servir para afastar e repelir o profano que não é iniciado com o significado esotérico do símbolo.

Em Sociedades Secretas

Embora representação Levi de Baphomet de 1861 seja a mais famosa, o nome deste ídolo tem circulado por mais de mil anos, através de sociedades secretas e círculos ocultistas. A primeira menção registrada de Baphomet como uma parte de um ritual oculto apareceu durante a época dos Cavaleiros Templários.

Os Cavaleiros Templários

                                              [Imagem: TemplarRitual.jpg]
Baphomet presidindo um ritual Templário por Leo Taxil.

É amplamente aceito pelos pesquisadores ocultistas que a figura de Baphomet foi de grande importância nos rituais da Ordem dos Templários. A primeira ocorrência do nome de Baphomet apareceu em uma carta de 1098 do cruzado Anselmo de Ribemont afirmando:

Citar:"À medida que o dia seguinte amanheceu clamaram bem alto por Baphometh enquanto oravam silenciosamente em nossos corações a Deus, então nós atacomos e forçamos todos eles para fora dos muros da cidade." [7]

Durante o julgamento dos Templários de 1307, onde Templários foram torturados e interrogados a pedido do Rei Felipe IV da França, o nome de Baphomet foi mencionado várias vezes. Enquanto alguns templários negaram a existência de Baphomet, outros o descreveram como sendo tanto uma cabeça decepada, um gato, ou uma cabeça com três faces.

Enquanto os livros destinados para consumo de massa muitas vezes negam qualquer ligação entre os cavaleiros templários e Baphomet, alegando que isso é uma invenção da Igreja para demonizá-los, quase todos os autores de renome no ocultismo (que escreveram os livros destinados aos iniciados) reconhecem a ligação. Na verdade, o ídolo é muitas vezes referioa como "o Baphomet dos Templários".

Citar:"Será que os Templários realmente adoraram a Baphomet? Será que eles oferecem uma saudação vergonhosa às nádegas do bode de Mendes? O que foi realmente esta associação secreta e potente que colocou Igreja e Estado em perigo, e foi assim destruída? Não julgue nada levemente, pois eles são culpados de um grande crime, pois eles exporam a olhares profanos o santuário da antiga iniciação. Eles se reuniram novamente e compartilharam os frutos da árvore do conhecimento, para que eles pudessem se tornar senhores do mundo. A sentença proferida contra eles é maior e muito mais antiga que o tribunal do papa ou do rei: "No dia em que comeres dela, certamente morrerás", disse o próprio Deus, como lemos no livro de Gênesis.

(...)

Sim, em nossa profunda convicção, o Grão-Mestres da Ordem dos Templários adoraram a Baphomet, e fizeram ele ser adorado por seus iniciados; sim, existia no passado, e pode haver ainda no presente, assembléias que são presidida por esta figura, sentado em um trono e com uma tocha flamejante entre os chifres. Mas os adoradores deste sinal não consideram, como nós, que ela seja uma representação do diabo: pelo contrário, para eles é a do deus Pã, o deus de nossas escolas modernas de filosofia, o deus da escola teúrgica de Alexandrina e do nossos próprios místicos Neo-platonistas, o deus de Lamartine e Victor Cousin, o deus de Spinoza e Platão, o deus das escolas gnósticas primitivas, o Cristo também do sacerdócio dissidente. Esta última qualificação, atribuída ao bode de Magia Negra, não surpreenderá aos estudantes de antiguidades religiosas que estão familiarizados com as fases de simbolismo e a doutrina nas suas várias transformações, tanto na Índia, Egito ou Judéia." [8]

MAÇONARIA

Pouco depois do lançamento de ilustração de Levi, o escritor e jornalista francês Léo Taxil lançou uma série de folhetos e livros denunciando a Maçonaria, acusando os lodges de adoração ao diabo. No centro de suas acusações estava Baphomet, que foi descrito como o objeto de adoração dos Maçons.

                                          [Imagem: 4389377324_fa15831b8a_o-e1309290779356.jpg]
"Les mystères de la franc-maçonnerie" (Os Mistérios da Maçonaria) acusou os maçons de satanismo e de adorar Baphomet. As obras de Taxil levantaram a ira dos católicos.

                                             [Imagem: leo_taxil_book_cover-e1309290899440.jpg]
A capa do livro de "Les mystères de la franc-maçonnerie" que descreve um ritual maçônico presidido por Baphomet, que está sendo literalmente adorado.

                                               [Imagem: baphomet01.gif]
Imagem anti-maçônico de Abel Clarin de la Rive, 1894.

Em 1897, depois de causar grande celeuma devido às suas revelações sobre a Maçonaria francesa, Léo Taxil convocou uma conferência de imprensa onde anunciou que muitas de suas revelações tinham sido fabricadas [9]. Desde então, esta série de eventos vêm sendo apelidada de "O Hoax de Léo Taxil". No entanto, muitos argumentam que há possibilidade de que a confissão Taxil pode ter sido fruto de coação a fim de acabar com a polêmica envolvendo a Maçonaria.

Seja qual for o caso, a conexão mais provável entre a Maçonaria e Baphomet é através do simbolismo, onde o ídolo se torna uma alegoria para os profundos conceitos esotéricos. O autor maçônico Albert Pike argumenta que na Maçonaria, Baphomet não é um objeto de adoração, mas um símbolo, sendo que o seu verdadeiro significado só é revelado a iniciados de alto nível.

Citar:"É absurdo supor que homens de intelecto adoravam um ídolo monstruoso chamado Baphomet, ou reconheciam Mahomet como um profeta inspirado. Seus simbolismos, inventados séculos antes, para esconder o que era perigoso confessar, foi naturalmente incompreendido por aqueles que não eram adeptos, e aos seus inimigos pareciam ser panteístas. O bezerro de ouro, feito por Aarão para os israelitas, mas foi um dos bois sob a camada de bronze, e o Querubim no Propiciatório, incompreendido. Os símbolos dos sábios sempre se tornam os ídolos da multidão ignorante. O que os chefes da Ordem realmente acreditavam e ensinavam, é indicado para os Adeptos pelas sugestões contidas nos Altos Graus da Maçonaria, e pelos símbolos que só os Adeptos entendem." [10]

Aleister Crowley

O ocultista britânico Aleister Crowley nasceu cerca de seis meses após a morte de Eliphas Lévi, levando-o a acreditar que ele era a reencarnação de Lévi. Em parte por esta razão, Crowley era conhecido dentro da Ordo Templi Orientis (O.T.O), a sociedade secreta que ele popularizou, como "Baphomet".

                                           [Imagem: baphomet1.jpg]
Uma foto autografada de Crowley como Baphomet.

Aqui está a explicação de Crowley da etimologia do nome Baphomet, tiradas de seu livro de 1929 "As Confissões de Aleister Crowley":

Citar:"Eu tinha tomado o nome Baphomet como o meu lema na O.T.O. Por mais de seis anos eu tinha tentado descobrir a maneira correta de soletrar este nome. Eu sabia que ele deveria ter oito letras, e também que as correspondências numéricas e literais devem ser de modo que expressem o significado do nome em tais maneiras que confirmem o que os estudiosos haviam descoberto sobre ele, e também para esclarecer os problemas que os arqueólogos até agora não conseguiram resolver... Uma teoria do nome é que ele representa as palavras ???? ??????, O batismo de sabedoria; outro, que é uma corruptela de um título que significa "Pai Mitra". Não é necessário dizer que o sufixo R apoiou a última teoria. Eu adicionei a palavra, tal como é soletrada pelo Mago. Ela totalizou 729. Este número nunca tinha aparecido no meu trabalho Cabalístico e, portanto, não significava nada para mim. Ele no entanto se justificava como sendo o cubo de nove. A palavra ?????, o título místico dado por Cristo a Pedro como a pedra angular da Igreja, tem esse mesmo valor. Até agora, o Mago tem-se mostrado com grandes qualidades! Ele tinha resolvido o problema etimológico e mostrou por que os Templários deveriam ter dado o nome de Baphomet para seu chamado ídolo. Baphomet foi Mithras Pai, a pedra cúbica, que foi a pedra angular do Templo. " [11]
Baphomet é uma figura importante na Thelema, o sistema místicoque Crowley estabeleceu no início do século 20. Em uma de suas obras mais importantes, Magick, Líber ABA, Book 4, Crowley descreve Baphomet como um andrógino divino:

Citar:"O Diabo não existe. É um nome falso inventado pelos Irmãos Negros para implicar uma unidade na sua confusão ignorante de dispersões. Um diabo que tivesse unidade seria um Deus ... "O Diabo" é, historicamente, o Deus de qualquer povo que alguém pessoalmente não goste ... Esta serpente, Satanás, não é o inimigo do homem, mas Ele que fez Deuses da nossa raça, conhecendo o Bem e do Mal, Ele mandou "Conhece a ti mesmo!" e ensinou a Iniciação. Ele é "O Diabo" do Livro de Thoth, e Seu emblema é Baphomet, o Andrógino que é o hieróglifo de arcana perfeição... Ele é, portanto, Vida e Amor. Mas além disso a sua carta é ayin, o Olho, de modo que ele é Luz, e sua imagem Zodiacal é Capricórnio, o bode saltitante cujo atributo é a Liberdade." [12]

A Ecclesia Gnóstica Catholica, o braço eclesiástico de Ordo Templi Orientis (OTO), recita durante a sua Missa Gnóstica "E eu acredito na Serpente e no Leão, Mistério do Mistério, em Seu nome BAPHOMET." [13] Baphomet é considerado como a união do Chaos e Babalon, energia masculina e feminina, o falo e o útero.

A IGREJA DE SATAN

Embora não seja tecnicamente uma sociedade secreta, a Igreja de Anton Lavey de Satanás continua a ser uma ordem oculta influente. Fundada em 1966, a organização adotou a "Sigilo do Baphomet" como seu emblema oficial.

                                                        [Imagem: 210px-Baphosimb.gif]
O Sigil do Baphomet, o símbolo oficial da Igreja de Satanás apresenta o Bode de Mendes dentro de um pentagrama invertido.

O Sigilo do Baphomet foi, provavelmente, fortemente inspirado por esta ilustração de Guaita’s La Clef de la Magie Noire (A Chave para Magia Negra).

                                                         [Imagem: deGuaita.jpg]
Ilustrações de La Clef de la Magie Noire (1897)

De acordo com Anton Lavey, os templários adoravam Baphomet como um símbolo de Satanás. Baphomet é destaque presente durante nos rituais da Igreja de Satanás como o símbolo é colocado acima do altar ritualístico.

Na Bíblia Satânica, Lavey descreve o símbolo do Baphomet:

Citar:"O símbolo do Baphomet foi usado pelos Cavaleiros Templários para representar Satanás. Através dos tempos este símbolo tem sido chamado por muitos nomes diferentes. Entre elas estão: O Bode de Mendes, o Bode de Mil Jovens, O Bode Preto, O Bode de Judas, e talvez a mais adequada, O Bode Expiatório".

Baphomet representa os Poderes das Trevas combinados com a fertilidade generativa do bode. Na sua forma "pura" o pentagrama é mostrado envolvendo a figura de um homem nos cinco pontos da estrela - três pontas para cima, duas pontas para baixo - simbolizando a natureza espiritual do homem. No satanismo o pentagrama também é usado, mas já que o satanismo representa os instintos carnais do homem, ou o oposto da natureza espiritual, o pentagrama é invertido para acomodar perfeitamente a cabeça do bode - seus chifres, representando dualidade, empurrado para cima em desafio, os outros três pontos invertidos, ou a trindade negada. As letras hebraicas em torno do círculo exterior do símbolo, que são dos ensinos mágicos da Cabala, soletram "Leviathan", a serpente do abismo, identificada com Satanás. Estas figuras correspondem aos cinco pontos da estrela invertida." [14]

Na Cultura Popular

Principalmente devido à influência de Aleister Crowley e Anton Lavey na cultura popular, as referências a Baphomet podem ser encontrado em toda a cultura popular. Em alguns casos, como com bandas de heavy metal, as referências são bastante clara e inequívoca - essas bandas, de modo algum escondem a influência dessas escolas de ocultismo em suas imagens. Aqui estão alguns exemplos:

                                     [Imagem: Behemoth-Apostasy-e1309386001255.jpg]
Banda de Death Metal Behemoth - Capa de Zos Kia Cultus

                                   [Imagem: cover-e1309386154685.jpg]
A banda de death metal The Black Dalia Murder - capa do álbum Ritual.E note o olho de hórus 

                                     [Imagem: marilyn_manson-antichrist_superstar.jpg]
Marilyn Manson - Capa do álbum Anti-Christ Superstar

                                        [Imagem: rammstein_pussy.jpg]
Rammstein’s Pussy se refere a androginia de Baphomet. O segundo homem da direita também faz o sinal da mão "O que está em cima é como o que está embaixo".

No da cultura pop de massa (corporativa) as referências são muito mais vagas e ocultas. Destinadas a um público mais jovem, as referências existem, mas provavelmente não são reconhecidas e compreendidas conscientemente pela maioria de sua platéia. Aqui estão alguns exemplos.

                                        
                                                     Lady Gaga.
  
                                    
Captura de tela do popular jogo Ragnarok online.Os chifres de baphomet são claramente descritos.
         
   Capa do álbum de "Baphomet" , de Kiichi, ele é  mostrado como ''fofinho''
Muitas  mais referências obscuras podem ser encontrados por aqueles "que têm olhos para ver".

EM CONCLUSÃO


Baphomet é uma criação simbólica composta pela realização alquímica através da união de forças opostas. Ocultistas acreditam que, através do domínio da força vital, a pessoa é capaz de produzir a iluminação magica  e espiritual. Eliphas Levi incluiu na  representação de Baphomet  vários símbolos aludindo à elevação da kundalini - energia serpentina - que em última análise, leva à ativação da glândula pineal, também conhecido como o "terceiro olho". Então, do ponto de vista esotérico, Baphomet representa este processo oculto.
No entanto, ao longo do tempo o símbolo passou a denominar muito mais do que seu significado esotérico. Através de controvérsias, Baphomet tornou-se, dependendo do ponto de vista, uma representação de tudo o que é bom no ocultismo ou tudo o que está mal no ocultismo. É, de fato, é o "bode expiatório" final, o rosto da feitiçaria, a magia negra e o satanismo. O fato de que o símbolo é bastante monstruoso e grotesco provavelmente ajudou a impulsionar o símbolo para o seu nível de infâmia, como nunca deixa em estado de  choque as religiões organizadas po r que ele atrai aqueles que se rebelam contra elas.
Desde que ganhou amplo reconhecimento na cultura popular, a imagem de Baphomet é agora utilizada como um símbolo de qualquer coisa sobre ocultismo e ritualismo. Nos meios de comunicação de propriedade da empresa de massas, que tem laços com sociedades secretas, a figura de Baphomet aparece nos lugares mais estranhos, muitas vezes para um público jovem demais para entender a referência ocultas  de Baphomet  em vídeos de música, filmes e moda. Baphomet é utilizado na cultura popular como um símbolo do poder da elite oculta sobre as massas de ignorantes.
Depois de séculos de mitos, fraudes, propagandas e desinformações de ambos os lados do espectro, podemos realmente responder à pergunta original colocada por este artigo:"Quem é Baphomet?". É um símbolo de Satanás e a  resposta está dentro do símbolo em si: É mal, é satânico, não é cristão. Na verdade a posiçao nas  mãos de baphomet apontando para cima e para baixo,  que  são uma blasfêmia contra as palavras de  JESUS quando disse '' Seja feita a tua vontade , assim na terra como no céu'',  mas os ocultistas apontam a mão para   o céu e para a   a terra e pronunciam este axioma hermético para o DIABO: "seja feita a tua vontade tanto em cima, como embaixo".

Citações
1 - Eliphas Levi, Dogmes et Rituels de la Haute Magie
2- Arkon Daraul, A History of Secret Societies
3- Eliphas Levi, Dogme et Rituel de la Haute Magie
4- Albert Pike, Morals and Dogma
5- English translation of the Emerald Tablet
6- Manly P. Hall, The Secret Teachings of All Ages
7- Malcom Barber and Keith Bate, Letters from the East: Crusaders, Pilgrims and Settlers in the 12th-13th Centuries
8- Op. Cit. Levi
9- The Confessions of Léo Taxil, April 25 1897
10- Albert Pike, Morals and Dogma
11- Aleister Crowley, The Confessions of Aleister Crowley
12- Aleister Crowley, Magick, Liber ABA, Book 4
13- Helena and Tau Apiron, “The Invisible Basilica: The Creed of the Gnostic Catholic Church: An Examination”
14- Anton Lavey, The Satanic Bible

Fontes: